Mainz, bate volta de Frankfurt mais perfeito não creio que exista!
Mainz, bate volta de Frankfurt mais perfeito não creio que exista!
Reunindo então a Bíblia de Gutemberg, o título da capital do vinho e o encontro de 2 caudalosos rios, duvido muito que haja!
De trem, gastamos apenas uns 60 min. Por que “uns” antecedendo o “60 min”? Porque, pasme, apesar da lenda da previsão germânica, os trens dentro da Alemanha atrasam sim…. pouca coisa, 3 , 4 mas atrasam. todos os que embarcamos tiveram tais atrasos.
Ora vamos convir que menos de 5 minutos nem é atraso…rs Mas, o que difere nosso povo latino deles é a reclamação.
1 minuto, se via cara feia. E a gente sentada, comendo nosso biscoito. 2 min já começam a olhar pra trás, buscando respostas… rs
4 min o povo já fala pelos cotovelos, olhando pro relógio e reclamando horrores.
A gente numa cena dessa só consegue rir.
E torcer muito para eles não conhecerem a central do brasil… rs A gente acredita que foi pela neve.
porque justamente a neve tornava a paisagem desde a saída da Hauptbahnhof ate chegar em Mainz, uma beleza. Paisagem diferente para nós brasileiros, trilhos cheios de neve, outros trens cruzando com nossos trens e levantando neve, que batia em nossa janelas as vezes. Arvores com copas totalmente brancas, telhado das casas que iam ficando para trás pareciam saindo de filmes….
Mas vamos, afinal a Mainz!!! : )
Era um domingo, 28 de dezembro, chegamos por volta de 10h a cidade estava silenciosa, pouquíssimas pessoas nas ruas lindas, nevadas e semidesertas.
Da estação caminhamos em direção à Igreja sempre em direção às margens do rio. O entorno da paisagem da igreja era espetacular, o pequeno chafariz tinha as águas congeladas, parecendo uma grande piscina transparente de gelo, com folhas ao fundo. Lindo!
Ali em Mainz se encontram os 2 rios e o calçadão a beira rio é espetacular. Mesmo com neve, era um dia lindo de sol e cruzamos com vários alemães correndo ou simplesmente caminhando e conversando ou passeando com cachorros… mesmo com o piso ultra escorregadio.
São de fato os alemães viciados em corridas! Imaginava como devem faturas os fisioterapeutas naquelas bandas…rs
Seguimos apreciando o imenso calçadão que margeia o rio meno, passamos pelo museu Zentralmuseum, por um grande colégio e o local onde havia resquícios da antiga muralha da cidade, um muro medieval dentro da cidade.
A prefeitura em um prédio novo, moderno, quase hi-tech, contrastava com os demais prédios ao redor. Um contraste bonito, que valoriza ainda mais a arquitetura da cidade, com um plano de fundo espetacular, o grande e belo encontro dos rios,uma alameda formada por árvores para nos tão exuberantes e diferentes, e uma calçadão de terra que em vários trechos era congelada. Um passeio e tanto para uma manha de domingo!!
Nosso objetivo era uma visita ao Museu de Gutemberg e conhecer a famosa rua Augustiner.
Mas domingo não foi a melhor das escolhas: a rua augustiner,exceto alguns restaurantes, tinha a maioria das lojas fechadas, apesar de bastante pessoas circulando.
Apos um almoço num ótimo ( e barato) restaurante italiano, rumamos para o museu de Gutemberg. Com um pequeno pátio na frente a entrada do museu é discreta considerando todo o tesouro que existe por ali. O problema e que fecharia as cinco e já eram 3 horas. Nos apressamos em comprar o bilhete e já no segundo andar nos maravilhamos com as antigas impressoras.
Livros raros, com encadernação manual costurados, e capas ainda mais raras, podem ser admirados em todo o museu, que retrata também capas de jornais em datas chaves para a humanidade. Até além, talvez pela nossa pressa em comprar os tickets, ninguém nos disse que era proibido fotografar. E subimos então fotografando algumas capas,alguns xilogravuras, ate o segurança vir em nossa direção, pálido, pedindo que não se fizesse fotos. Expliquei que não usara flash, isso não reduziu o nervosismo dele, que só ficou calmo quando guardei a câmera e fechei a bolsa, indagando em qual direção poderíamos conhecer a primeira bíblia impressa, a bíblia de Gutemberg, que era contemporâneo de Lutero e concretizou com a impressão o desejo de Lutero de popularizar e tornar acessível o livro mais importante da humanidade ocidental, a bíblia sagrada. Fracionada em duas partes, novo e antigo testamento, as bíblias ficam num ambiente que mais parece um cofre de relojoaria… demais!!!
Apos, ainda deu tempo de ver o penoso processo de impressão de partituras musicais, quando se esculpia em bronze, dando alto releva a cada uma das notações musicais, que depois eram impressas. O processo em si, visto do ano de 2015, é quase que inacreditável…! fantástico. Tínhamos de fazer orações diárias pelo bom pouso deste alemão genial, que deveria ser conhecido por “São Gutemberg”!
: )
Dai fomos andando ate a belíssima catedral Dom, cuja torre pode ser avistada de praticamente toda a cidade.
Buscamos próximo a catedral um bom lugar para o vinho, dada a fama de capital do vinho que a cidade possui…. mas , well….era domingo. De tarde. E havia neve…. então o que fazer?
Cerveja alemã, rapaziada!! Of course, para driblar o “tédio”!!! : )
lá pelas seis, tomamos o trem de volta (compramos os tíquetes, mas não tinha que validar o horário da volta. Curiosamente, a despeito da cidade bem vazia, o trem partiu rumo a Frankfurt lotado, por pouco íamos em pé!
então,se estiver programando uns dias em Frankfurt, inclua Mainz no roteiro…só não recomendo que seja um domingo de inverno pós natal!
Fotos: